segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

6 coisas que a bomba atômica não me ensinou (mas o Lula sim)!


Atualmente tudo o que escrevemos sobre política, religião, conceitos e opiniões vê normalmente com um texto antes para embasar a idéia do autor, de forma que, não seja mal interpretada ou compreendido. Chega até a ser chato o clichê: "Não estou querendo me opor...", "Não me intepretem mal, porém...", "Não é preconceito, mas..." e outros clichês que chegam a ser repetitivos e cansativos de tão chatos...

Acho que vou deixar os clichês de lado hoje, e dizer para o amigo leitor que interprete como achar melhor, pois escrevo antes de tudo para mim mesmo, e se assim o leitor se identificar, pode compartilhar do mesmo ponto de vista.


O caso Lula é um dos mais importantes que esta geração já viveu se não O mais importante. Ele foi o presidente com mais votos e mais aprovação popular que o Brasil já teve. 

Lula tinha apoio da classe trabalhadora, dos empresários, dos estudantes, dos políticos e até do exterior. Resumindo: tinha tudo pra ser o melhor presidente que o Brasil já teve. 

Na sua posse, milhares de brasileiros foram cortejá-lo em Brasília e a transmissão ao vivo pela TV tornou o evento um dos mais importantes para o país. 

Mas o que deu errado? Porque as coisas desandaram e o Brasil não se tornou uma economia forte e emergente? Porque entrou na pior recessão da história? 

Bem, não vou dizer o que deu errado pois existem milhares de opiniões divergindo sobre o assunto. Vou me contentar em escrever 6 coisas que aprendi com tudo isso.

A 1a lição que aprendi é que nem sempre a unanimidade é a melhor coisa nas nossas vidas. Lula era unanimidade quanto assumiu o país. Até quem o via com maus olhos no início, torcia e rezava para ele melhorar o país. Havia um clima de esperança e medo no ar. Mas o de esperança superava o de medo com toda a certeza. 

Lula assumiu o Brasil em 2003 e oficialmente se despediu da presidência em 2010. O Brasil ainda não estava em crise, mas grandes maremotos iriam ser descobertos desencadeando a maior crise econômica e politica que esta geração já passou (para alguns é a maior de toda a história desde o descobrimento).

2o ponto que aprendi é que o poder nas mãos de qualquer ser humano é mais fatal que uma bomba atômica. A bomba atômica mata. O poder aleija milhões de vidas e para a vida toda.

As bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki mataram até os dias de hoje cerca de 350 mil pessoas. O poder pode ter aleijado cerca de 2 bilhões em todo o mundo.

Agora, se juntarmos unanimidade e poder, o alcance pode ser ainda mais destruidor. A resistência é um fator muito importante para a regulação do poder. O Brasil passou praticamente 8 anos sem uma resistência política o que realmente o tornou mais vulnerável a uma enxurrada de problemas e maremotos.

3o fator que aprendi é que o brasileiro é um povo corrupto na sua teoria, mas que tem grande capacidade de aprendizado e pode mesmo dar uma guinada ao revés quando acuado. Embora esse não seja um pensamento unânime da população, eu diria que essa capacidade de ver seus próprios erros e reagir contra a corrente beneficia pelo menos metade da população. E isso é um grande avanço, acredite!

Em 4o lugar é infelizmente o senso de impunidade que vivemos. Não pense você que corrupção e poder não estão ligadas e que não ocorrem em outros países. Ocorre e muito. Não é novidade alguma que em filmes americanos, por exemplo, vemos senadores, presidentes e políticos serem caricaturados de forma bem pior da que vemos aqui no Brasil.

Mas há uma diferença: A IMPUNIDADE é maior em países subdesenvolvidos. Isso não se aplica somente ao Brasil, mas à maioria dos países da america latina, por exemplo. É a impunidade que torna tudo tão vulnerável. Então, este 4o ítem da minha lista de aprendizados é que mais tem importância hoje no Brasil.

5o ítem são os das ideologias. Realmente esse é um dos ítens que mais desagrega e divide pessoas e opiniões. Até a uns 20 anos atrás não ouvia falar sobre ONGs, mudanças de sexo, direitos LGBTs e tantos outros. Criou-se um tabu nos últimos anos em que não se pode mais falar desses assuntos sem se sentir rotulado como não emancipado, como cafona, homofóbico ou preconceituoso. Sejam em redes sociais, no trabalho ou até mesmo na família.

São os tais "direitos" que todos querem ter. Nesse quesito aprendi muito. Aprendi por exemplo que as pessoas querem ter direito a tudo e não querem ter dever de nada. Oscila-se entre um lado e outro de forma que os opostos não se atraem mas tornam-se ainda mais opostos e divergentes.

Ao meu ver, esse é o único ítem que poderia, de forma real, desencadear uma guerra civil no país. Por sorte, o brasileiro gosta de curtir a vida e não consegue se manter em uma posição radical por muito tempo, ou se não muda de opinião, começa a aceitar melhor a discussão como regulador de brigas ao invés de algo mais corporal. 

6o ítem da minha lista de aprendizado mostrou que o Brasil é uma país muito rico de recursos e alimentos. Se assim não fosse, essa crise teria levado as pessoas a perder o pão na mesa e a verdade é que muitas pessoas, por mais que passassem necessidades, não deixaram de comer. Ou seja, mesmo com tanto roubo ainda sobrou comida na mesa do mais pobre.


Bem, esta é uma lista que pretendo atualizar em outros posts. São 6 itens que já carregam em si grande aprendizado e sabedoria se conseguirmos tirar proveito deles. A maioria foram erros de percurso e que nos levaram a crer em algo que não era real. Se conseguirmos aprender com eles ficaremos mais sábios para evitar os próximos, não acham?

Saúde e Fé a todos!

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