quinta-feira, 25 de maio de 2017

A esquerda e a cracolândia partidária!



É simples resolver os problemas hoje em dia. Mais simples ainda é recriá-los. 

Para tirar um viciado em drogas do trafego, roubo, latrocínio, é preciso mais que bons conselhos e sociólogos. É preciso ação! Eu sinto que toda a comparação é pífia, mas neste caso eu vou me meter a faze-la: Jesus expulsando os vendilhões do templo X polícia expulsando o viciados do crack.

Realmente são duas comparações grotescas e sem nexo, a não ser a forma como foram criticadas. Aí me pareceu uma semelhança. Vou explicar... Jesus ao expulsar as vendedores do templo, queria manter a santidade daqueles que iam lá pra se encontrarem com Deus e não serem dispersos por vendedores. Imagino que havia mesmo um camelódromo na frente do templo. Mas porque Jesus iria se preocupar com isso se o verdadeiro templo, que é ELE, ia morrer e Ressuscitar ao terceiro dia? Afinal aquele templo era apenas de pedra e Jesus disse em outra ocasião que se  derrubassem (o Templo) ele o reconstruiria em 3 dias (referindo-se a Ele Próprio).

Na cracolândia de SP é outra história: lá moravam viciados, traficantes, cafetões e prostitutas e rolavam todos os tipos de drogas e acessos ilícitos que um ambiente desses pode favorecer. Lá não é um templo sagrado, nem as pessoas iam lá para se encontrarem com Deus, na verdade, iam para se encontrarem com outras coisas....

Mas então onde está o sentido da comparação? 

Bem... Assim como Jesus foi rotulado de arruaceiro, devem ter havido quem dissesse que Ele agiu por impulso, que não é assim que se resolvem os problemas e que poderia tentar um diálogo com os vendedores antes de agir com tanta rigidez. Com certeza foi criticado e reprovado pelos que estavam lá. Com sorte, talvez um punhado de pessoas tenham dado razão a Ele. Mas uma coisa é certa: houve um divisor de águas. Os que acharam que Ele foi grosseiro e os que acharam que deveria ter agido assim.

Aí está a semelhança com a ação da polícia (via Prefeito de SP) para expulsar os traficantes e viciados. Houve os que reprovaram essa ação. Houve os que aprovaram e houve os que disseram que existem outras saídas melhores. Mas uma coisa ninguém disse: Como estava não podia ficar! 

Acho que essa foi a ideia principal que motivou esse post. Não importa se vai ficar pior ou melhor. “Como estava não podia ficar!” Essa é uma sutil diferença de por exemplo conseguir chegar em um objetivo a qualquer preço. As pessoas saíram de lá sem pauladas ou sem serem alvejadas. A prefeitura tinha sim um plano para "tratar" desses viciados, tanto é que solicitou à Justiça internação compulsória para os mais reacionários e disponibilizou abrigos previamente preparados aos outros. Se fosse apenas uma medida partidária, teriam expulsado todos de lá e cada um se virasse pelas ruas do bairro até morrer. 

Acontece que toda ação tem uma reação. Esperava ver muitos sociólogos, filósofos e defensores de DH aderindo à causa dos viciados no crack. Mas os esquerdas também? Eles que defendem o aparelhamento do estado e o socialismo, não querem que os mais pobres sejam retirados do mais profundo esgoto que se encontram e ainda com a ajuda do estado?

Fica bem claro não só pra mim, mas para muitos, que ser do contra a qualquer custo vale mais para eles que ser brasileiro e nunca desistir. Já perderam o patriotismo. Perderam a própria razão. Não trata-se só de uma crítica limitada aos esquerdistas que defendem a cracolândia, mas um crítica de como têm lutado por seus "direitos" que na verdade é a simples negação dos direitos daqueles que eles querem se opor.

Falta aí um pouco mais de coerência! Um pouco mais de objetivo! Estão andando como os cracudos: sem rumo ou direção. São os cracudos partidários que acham estar defendendo os seus ideais, quando em realidade, estão ficando cada vez mais isolados em suas próprias convicções. Será que não podemos todos andar para o mesmo lugar? É necessário mesmo oposição a tudo e a todos? Será que não estamos diante de uma simples e pura rebeldia ao mundo que está se externalizando via partidarismos? 

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